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Aalliyah - A Rainha esta morta, vida longa a rainha

 

Era 25 de Agosto de 2001 e a notícia foi devastadora. Caiu tão pesada quanto as mortes de Pac e Biggie. Para uns, a rainha do pop urbano, para outros a princesa do R&B, para os fãs de new jack swing (estilo musical que mescla o som do R&B ao som do Hip Hop) ela era uma das suas mais queridas e promissoras artistas: Aaliyah Dana Haughton, a Baby Girl. Uma promessa que deixou uma dolorosa lacuna na música negra mundial

 Nascida no Brooklyn, em Nova York, EUA, em 16 de Janeiro de 1979, Aaliyah (cujo nome significa “a mais exaltada”) desde pequena demonstrou gosto por música, apresentando-se em programas de TV. O primeiro, “Star Search” (uma espécie de show de calouros nos moldes do programa do Raul Gil) a revelou aos 10 anos de idade cantando “My Funny Valentine”. Com 12 anos, Aaliyah assinou com a sua primeira gravadora, a Blackground Records, e foi apresentada mais tarde ao artista e produtor R. Kelly, que se tornou seu mentor, compositor e produtor do seu primeiro álbum, que foi gravado quando ela tinha 14 anos. Lançado em junho de 1994, "Age Ain't Nothing but a Number" debutou em vigésimo-quarto na Billboard 200, com 74.000 cópias vendidas na primeira semana. Até hoje o álbum vendeu 3 milhões de cópias nos Estados Unidos e 5 milhões de cópias mundialmente.

 Com o lançamento do álbum, seguiram-se uma série de boatos sobre uma suposta relação amorosa entre Aaliyah e R. Kelly que era doze anos mais velho que ela, mas o escândalo veio mesmo com a notícia de que eles haviam casado secretamente. A revista Vibe revelou mais tarde um certificado que comprovava o casamento em 31 de agosto de 1994, e Aaliyah, que tinha 15 anos na época, apareceu com 18 no certificado. O casamento ilegal foi anulado em fevereiro de 1995 por seus pais, porém os dois (Aaliyah e R. Kelly) continuaram a negar as alegações de casamento. 

 Em 1996, Aaliyah deixou Jive Records, e assinou um contrato com a Atlantic Records afastando-se de R.Kelly, e  teve a sorte de trabalhar com verdadeiras feras da música, assim aconteceu o BOOM de sua carreira! Nesta época ela conheceu Timbaland e Missy Elliott, e com esses dois ela fez uma coleção de hits e o seu nome ecoou ao som de batidas inovadoras e revolucionárias nos quatro cantos do mundo. 

 

 Estes dois contribuíram para o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, "One in a Million", em agosto de 1996. O álbum rendeu o single "If Your Girl Only Knew", que liderou a Billboard R&B/Hip-Hop Songs por duas semanas, debutou no número 20 da Billboard 200, vendendo 40.500 cópias na primeira semana de vendas. Na semana do natal de 1996, o álbum atingiu o número 18 na Billboard 200 e 2 na R&B/Hip-Hop Albums, com 71.000 cópias vendidas.Ele também gerou os singles "Hot Like Fire" e "4 Page Letter".  Até hoje o álbum vendeu 4,4 milhões de cópias nos Estados Unidos e 8 milhões no mundo inteiro. Em 1997, Aaliyah começou sua carreira nas artes cênicas, participando da série de drama policial New York Undercover. Durante este tempo, ela contribuiu na trilha sonora da animação da Fox Studios, Anastasia, com o single "Journey to the Past", que ganhou uma nomeação para o Oscar de "Melhor Canção Original". Aaliyah performou a canção na cerimônia do Oscar de 1998 e se tornou a mais jovem cantora a se apresentar no evento.

Ainda em 1998, Aaliyah também contribuiu para a trilha sonora do filme Dr. Dolittle, com "Are You That Somebody?", que foi o terceiro single mais bem sucedido na Hot 100 Airplay da Billboard em 1998.

 

 

 Em 2000, ela estrelou o filme “Romeu Tem Que Morrer” (Romeo Must Die), ao lado de Jet Li. Uma adaptação do clássico Romeu e Julieta, onde um casal se apaixona em meio ao conflito de suas famílias. O filme arrecadou US$ 18,6 milhões em seu primeiro fim de semana, no número dois no ranking de bilheteria. A trilha sonora do filme contava com 3 músicas da Aaliyah, e dessas músicas o hit "Try Again" foi o grande carro chefe.

 

 "Try Again" foi lançada somente para as rádios em fevereiro daquele ano, liderando a Hot 100 Airplay da Billboard por nove semanas. Antes do lançamento para vendas, o single atingiu o número um na Hot 100 da Billboard, sendo o primeiro e único single da história a conseguir liderar esta parada somente com execuções nas rádios. O vídeo do single ganhou os prêmios de "Melhor Vídeo Feminino" e "Melhor Vídeo de um Filme", em 2000 na MTV Video Music Awards. Ele também rendeu a ela uma indicação ao Grammy de "Melhor Vocalista Feminina de R&B". A trilha sonora do filme vendeu mais de 1,5 milhão de cópias nos Estados Unidos e mais de dois milhões de cópias no mundo inteiro. 

 Após completar Romeo Must Die, Aaliyah começou a trabalhar no seu segundo filme, A Rainha dos Condenados.

 

 A Rainha dos Condenados (Queen of the Damned) é um filme de terror estadunidense de 2002, produto de uma adaptação cinematográfica do terceiro volume das Crônicas Vampirescas da escritora Anne Rice. Traz Aaliyah no papel que dá nome ao filme, a rainha Akasha, uma vampira que ela descreveu como uma "manipuladora, louca, dependente sexual". O filme conta ainda com Stuart Townsend no papel do vampiro Lestat (o mesmo interpretado por Tom Cruise em “Entrevista com um Vampiro”). Sua estreia ocorreu seis meses após o acidente.

 

 

 Em 25 de agosto de 2001, Aaliyah foi ao 106 & Park para promover o álbum. Na entrevista, ela informou que nos próximos dias iria gravar o clipe do próximo single, "Rock The Boat". No dia 22 de agosto, Aaliyah começou a gravar o clipe em um estúdio da Cidade do México. No dia 23 de agosto, ela e sua equipe viajaram às Bahamas para terminar o vídeo.

 

 Em 25 de agosto de 2001, às 06:45 (EST), Aaliyah e vários membros da gravadora embarcaram em um bimotor Cessna 402B (N8097W) em Marsh Harbour, Ilhas Abaco, Bahamas, para voltar ao Estados Unidos, após a gravação do clipe do single “Rock The Boat”. O grupo não sabia, mas o avião era incapaz de transportar parte do equipamento das filmagens. A aeronave ultrapassou o padrão de peso e o limite de tolerância para próprio equilíbrio. O avião caiu logo após a decolagem, a cerca de 200 metros do final pista. Aaliyah, o piloto Luis Morales III, o cabeleireiro Eric Forman, o segurança Anthony Dodd, o segurança Gallin Scott, o produtor de vídeo Douglas Kratz, o estilista Christopher Maldonado, a funcionária da Blackground Records Keith Wallace, e a funcionária da Virgin Records foram mortos no acidente. Dodd foi levado para um hospital em Miami, mas morreu na manhã seguinte.

 

 O relatório do National Transportation Safety Board (NTSB) afirma que "o avião foi visto decolando da pista e em seguida caiu de nariz para baixo, impactando em um pântano no lado sul da partida final da pista 27.". O mesmo relatório apontou que o piloto apresentava álcool e cocaína no sangue, além de falsificar sua licença da Federal Aviation Administration (FAA), que mostrava centenas de horas voadas.

 

 O corpo de Aaliyah foi levado a Nova York em 29 de agosto. Seu velório teve início na noite de 30 de agosto. Cerca de 800 convidados passaram pelo velório, incluindo Timbaland, Gladys Knight e Janet Jackson.

 

 O funeral de Aaliyah, na manhã do dia 31 de agosto de 2001, reuniu milhares de fãs e a imprensa, em frente a igreja Saint Ignatius Loyola. O corpo de Aaliyah foi conduzido em um caixão de prata em um recipiente de vidro, puxado por cavalo. Foi cremado, e suas cinzas depositadas em uma tumba, em frente a 1.200 convidados, incluindo Sean Combs, M.y.a, Jay-Z, Usher e Lil' Kim.

 Após sua morte foram lançadas duas coletâneas, "I Care 4 U"(2002) e "Ultimate Aaliyah"(2005).  Desde então se fala no lançamento de um álbum póstumo recheado de faixas inéditas, mas a família de Aaliyah sempre disse ser contra tal lançamento.

 

 Aaliyah foi uma grande!  

 

 Cantora de R&B, dançarina, atriz e modelo, estrelou 2 filmes e lançou 3 álbuns em vida, , “Age Ain’t Nothing but A Number” (1994), “One In A Million”(1996) e “Aaliyah” (2001). Esses três trabalhos foram suficientes para eternizá-la, tendo conseguido 5 nomeações ao Grammy Awards.  Além dos 3 álbuns ainda foram lançadas 2 compilações póstumas, "I Cara 4 U" (2002, pela Universal Music) e "Ultimate Aaliyah" (2005, pela Blackgroung). E ao todo foram 26 singles lançados

 Sua grandeza musical a época ofuscava artistas contemporânes de grande talento e que anos mais tarde receberiam também a alcunha de divas da black music como Beyoncé (na época integrante e líder das Destiny’s Child) e Monica.  

 

A morte trágica de Aaliyah; adicionados a inúmeros tributos, inclusive veiculados em comerciais dos canais BET e MTV resultaram em um aumento gigantesco das vendas do álbum "Aaliyah". Na semana em que Aaliyah morreu, o álbum se encontrava na posição #19 da Billboard 200; uma semana após, o álbum teve um aumento em 950% das vendas, se tornando #1 na parada, com mais de 350.000 cópias vendidas. O sucesso se seguiu anos depois, entrando para a história como o álbum feminino com mais tempo na Billboard 200 (entre 2004 e 2009), com 188 semanas, ou mais de três anos consecutivos.

Originalmente, Aalliyah interpretaria a personagem Zee em Matrix e já havia gravado várias cenas a época de sua morte. Foi substituida pela atriz Nona Marvisa Gaye, filha do lendário Marvin Gaye.

Clique               e assista o clipe MORE THAN A WOMEN de Aalliyah

TLC

TLC

A maior girl band de todos os tempos?

Em 1991 Rozonda “Chilli” Thomas, Lisa “Left Eye” Lopes e Tionne “T-Boz” Watkins formaram o TLC, aquele que viria a ser reconhecido mundialmente como o melhor trio feminino de R&B de todos os tempos! O TLC iniciou a carreira profissional em 1992 com o lançamento do disco “Ooooooohhh...On the TLC Tip”, que vendeu mais de 4 milhões de cópias e seu primeiro sucesso foi “Ain’t 2 Proud 2 Beg”. Seu videoclipe já mostrava o estilo agressivo, sexy e colorido consagrado pelo trio musical.

Em 1994, o TLC lançou o segundo trabalho “CrazySexyCool”, que estourou em todo o mundo, e foi o primeiro álbum de uma banda feminina a receber o disco de diamante da RIAA, pela venda de 10 milhões de cópias. Seus maiores hits incluem Waterfalls, Creep, e Unpretty. Produzido por Dallas Austin, Jermaine Dupri e Babyface, o CD teve como principal sucesso a canção “Waterfalls”. Os videoclipes bem elaborados e com alta produção renderam prêmios, como Grammy de Melhor Grupo de R&B e vários pela MTV como Melhor Vídeo do Ano e Melhor Vídeo de R&B. O disco vendeu mais de 13 milhões de cópias, além de shows na Inglaterra, Japão, Canadá, Irlanda, Alemanha e Hong Kong entre outros. “CrazySexyCool” emplacou vários hits no mundo: “If I Was Your Girlfriend”, “Kick Your Game”, “Diggin On You”, “Switch” e “Red Light Special”.

 Depois de cinco anos sem gravar, em 1999 o TLC lançou “Fanmail”, com uma mistura de Rap, Hip-Hop, Funk e o Rhythm and Blues (R&B). As músicas que emplacaram foram “No Scrubs”, “Silly Ho”, “I Miss You So Much”, “Dear Lie” e “Unpretty”. O CD ganhou cinco discos de platina, além de oito indicações para o Grammy.

 

 Em 200o Tionne estreou o filme Belly fazendo par romântico com o rapper Nas, ao lado de DMX, Taral Hicks e Method Man. Então em 2001, a integrante Lisa “Left Eye” Lopes entrou em uma busca espiritual que culminaria em uma carreira solo com a gravação do disco “Supernova”, que não chegou a ser lançado e um documentário. Paralelamente, Lisa ajudou no lançamento do grupo de R&B “Blaque”, que fez sucesso com a música “Bring It Home To Me”.

  Boatos diziam que Lopes lançaria um outro disco com o pseudônimo N.I.N.A (New Identity Not Applicable, nova identidade não aplicável). Nessa época, a cantora apesar de estar em fase de produção do novo CD do TLC, havia se distanciado do grupo. De temperamento forte, Lisa formou uma equipe e juntamente com seu namorado foram para Honduras gravar um documentário que desembocaria neste novo trabalho.

Em 25 de abril de 2002, aos 30 anos de idade Left Eye foi morta em um acidente de carro em La Ceiba, a rapper foi projetada para fora do veículo que conduzia e todo o acidente assim como o último mês de sua vida foi filmado e transformado no documentário The Last Days of Left Eye. A morte abalou a todos, Lopes era a integrante mais explosiva do TLC. Chegou a cumprir cinco anos de condicional por incendiar a casa do ex-namorado, que tinha um valor estimado em um milhão de dólares.

 Com o quarto trabalho pronto e produzido pelo trio, Chilli e T-Boz resolveram lançá-lo em 2002. O álbum “3D” contou com a participação de Dallas Austin na introdução, Timbaland & Missy Elliott em “Dirty, Dirty”, Babyface & Darryl Simmons em “Hand’s Up” e Neptunes em “In Your Arms Tonight”. Os destaques ficaram por conta das faixas “3D” e “Girl Talk”, que trazem a voz de Lopes e a balada “Turntable”, feita em homenagem à integrante morta.

 

Em 2003, as meninas lançam “Now & Forever”, que reuni os maiores sucessos da carreira do TLC.

 

Em 2005, elas encerraram definitivamente o seu trabalho, mas o TLC fica na história como uma das maiores e mais influentes girl groups de R&B de todos os tempos.

 

Em 2011, Se apresentaram no final do American Idol com um medley de "No Scrubs" e "Waterfalls".

 

 A combinação perfeita entre Rap, R&B e Funk fez do TLC um dos grupos femininos mais inovadores da música, levando o trio ao posto de segunda banda feminina que mais vendeu na história. Hoje, exatos 22 anos após o lançamento do primeiro álbum, o trio, antes composto por T-Boz, Left Eye e Chilli, foi reduzido a dupla com a morte de Left Eye. porém as duas integrantes remanescentes continuam com força total nos projetos do grupo.

Recentemente foi exibida pelo canal VH1 dos EUA a telebiografia do grupo. "CrazySexyCool" contou a história de sucesso do trio e liderou a audiência da TV por assinatura dos EUA com um total de 4.9 milhões de telespectadores, além de ter sido o programa de TV mais comentado do twitter no dia, gerando cerca de 2 milhões de tweeys.

 

O filme que tem direção de Charles Stone III conta com as atrizes Drew Sidora como Tionne 'T-Boz', Keke Palmer como Rozanda "Chilli' e a rapper Lil Mama como Lisa 'Left Eye'. Esta última inclusive, participou da turnê do TLC como terceira integrante do grupo recentemente.

Clique               e assista o clipe de GIRL TALK e No Scrubs do TLC

TLC
Music History

Music History

 Tupac Amaru Shakur nasceu no Bronx, New York, em 1971 com o nome de Lesanne Crooks. Foi renomeado um pouco mais tarde devido a natureza ativista da mãe, ex-membro dos panteras negras (Tupac Amaru é o nome de um famoso guerreiro inca e que traduzido significa serpente resplandecente e Shakur é um nome egípcio que se traduz por grato a Deus).

 

Em 1981, a família de Tupac mudou-se para Baltimore, e ele frequentou o Liceu de Artes da dita cidade, nesta fase que Tupac escreveu o seu primeiro rap, então, sob o nome de MC New York.

 

Mais tarde, em Junho de 1988, a sua família mudou-se para Marin City, uma cidade vizinha de Oakland, na Califórnia. Aqui, Tupac envolveu-se com traficantes e começou a vender drogas. Em Agosto do mesmo ano, o

padrasto de Tupac, Mutulu Shakur, foi preso  e sentenciado a 60 anos de cadeia. Em 1990, Tupac juntou-se ao grupo Digital Underground, desempenhando um papel de rapper e dançarino. Em 1991 e enquanto membro deste grupo ele destacou-se na música Same Song do álbum This Is Na Ep Release e no álbum Sons Of The P. A partir deste momento o rapper alcançou reconhecimento individual com o álbum

2Pacalypse Now. A polêmica em redor deste álbum que falava de policiais

sendo assassinados, trouxe a 2Pac alguma popularidade e o rótulo de rapper

marginal e socialmente incorreto.

 

 

No ano seguinte, Tupac participou no filme de Earnest Dickerson, Juice.

 Estrelado por Omar Epps e com participações de Samuel L. Jackson e Queen Latifah, a atuação de Tupac como o amigo que trai seu grupo e vai tornand0-se aos poucos um assassino é muito elogiada. Em 1993, o rapper  lança o seu segundo álbum solo do rapper, intitulado de Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z., este com uma aceitação ainda mais forte que resultou num enorme número de cópias vendidas.

 

 Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z. produziu os singles, I Get Around, Papa´z Song e a clássica Keep Ya Head Up. Nesse mesmo ano, Tupac, contracenou com Janet Jackson no filme Poetic Justice ("Sem Medo no Coração"). Em 1994, Tupac apareceu associado ao grupo Thug Life na trilha sonora do seu terceiro filme, Above The Rim (no Brasil "O Lance do Crime").

 

Durante uma rixa perto dos estúdios de gravação em New York, Tupac é baleado cinco vezes, tendo sido disparados dois tiros na cabeça. Miraculosamente o rapper sobreviveu, tendo atribuído a culpa do incidente ao seu amigo de longa data Christopher Wallace (The Notorious B.I.G.). Contudo nunca houve provas incriminatórias para o sucedido, embora para Tupac asituação estivesse esclarecida; Biggie Smalls teria organizado o atentado. E assim começou uma das maiores rivalidades, senão a maior, da história do hip-hop. 

 

 

 Nesse mesmo ano, o rapper foi acusado de abuso sexual a uma mulher, e julgado em Fevereiro de 1995, foi então condenado a quatro anos e meio de prisão.
 

 Com o lançamento do multi-platinado Me Against The World, 2Pac tornou-se o

primeiro artista a atingir o número 1 do top de vendas da Billboard estando 
ainda preso. Este álbum produziu entre outros, um dos singles de maior sucesso do rapper, Dear Mama, música que aliás valeu a 2Pac um Grammy.

 

 Tupac viveu dias difíceis na cadeia. Enquanto esteve lá demonstrou estar cansado da vida que levara... "Thug Life to me is dead. If it´s real, let somebody else represent it, because i´m tired of it...." Tupac passsou oito meses na cadeia e em Outubro de 1995 foi libertado ao ter assinado um contrato com a produtora Death Row Records, contrato esse que obrigava o rapper a produzir pelo menos três álbuns para a produtora. 

Junta-se então a outros grandes nomes do panorama do hip-hop como Snoop Doggy Dogg e Dr. Dre. E estando num novo ambiente, beneficiado pelo estilo de produção californiano, que em 1996 é lançado o álbum mais vendido da história do hip-hop, All Eyez On Me, também o primeiro CD duplo de hip-hop de todos os tempos.


Prestes actualmente a alcançar o disco de diamante (10x platina!), este álbum é um marco e um must-have do estilo. Oficialmente reconhecidos como singles estão as músicas: How Do U Want It, 2 Of Amerikaz Most Wanted, I Ain´t Mad At Cha e California Love. Este último, um dueto com Dr. Dre é talvez a música que vendeu mais até hoje de hip-hop. No single da musica How Do U Want It vinha incluído outro single, Hit Em Up. Esta música fez o conflito West/East Coast chegar ao seu pico máximo, pois o rapper pode-se dizer que escangalhou por completo todos os seus inimigos nova-iorquinos! O clima de tensão era evidente e para qualquer evento, Tupac não saía desprovido de guarda-costas e um colete anti-balas.

 

 

 Por um motivo que permanece misterioso, na noite de 7 de Setembro de 1996, ocasião de um combate de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, o rapper não levou o colete como habitualmente. Nessa noite e após o combate, quando o rapper saía no carro com Suge Knight, presidente da Death Row, e contra o carro foram disparados 13 tiros. 4 atingiram o rapper e um raspou o seu chefe.

Após ter estado 7 dias em coma, a 13 de Setembro de 1996, Tupac Amaru Shakur falece. Nesse mesmo dia, foi lançado o video clip da música I Ain´t Mad At Cha onde o rapper desempenha o papel de alguém que morre. Foi isto que fez precipitar o aparecimento das teorias que diziam que o rapper se encontrava vivo e apenas falseou a sua morte para fugir à fama e ao perigo.  


 Em Novembro desse mesmo ano é lançado mais um álbum de 2Pac, sob o nome de Makaveli, The 7th Day Theory. Este álbum não diminui a qualidade estabelecida pelo rapper, tendo sido produzidos os singles Toss It Up, To Live & Die In L.A. e Hail Mary. 

 No ano seguinte, para além de mais seis músicas resultantes das bandas sonoras dos filmes protagonizados por Shakur, Gang Related e Gridlock´d, é lançado mais um álbum do rapper, de nome R U Still Down, um duplo CD do qual se destaca o single de ouro Do For Love, entre outras músicas alegadamente gravadas pelo rapper num período antecedente ao da Death Row como produtora. É revelado pelas entidades do rapper que se encontram 700 músicas deixadas por 2Pac. A notícia amenizou um pouco as teorias sobre o rapper estar vivo, mas não o suficiente...

 

 

 

Em 1998, mais um CD é lançado, uma compilação dos maiores êxitos de 2Pac, Greatest Hits, onde são incluídos alguns temas inéditos, entre os quais o single "Changes se destaca por ter sido um número 1 em todo o mundo. No final do ano seguinte (1999) é lançado mais um álbum de temas inéditos de 2Pac com o seu grupo The Outlawz. Still I Rise é o nono álbum de 2Pac e mais um com a qualidade que se habituou o público ouvinte. Baby Don´t Cry (Keep Ya Head Up II) foi single.


O ano de 2000 trouxe aos fãs de 2Pac um tributo, The Rose That Grew From Concrete, que consistia em poemas do livro do rapper com o mesmo nome, interpretados por artistas conceituados de música negra. Um gesto que orapper merecia... Resta dizer que está confirmado o lançamento do álbum Until The End Of Time,o décimo do rapper (mais!) um duplo CD...

 

 

 

 O fato é que Tupac enveredou por um caminho ao qual sabia que dificilmente conseguiria sair. Aliou-se e tornou-se porta voz de gangues. Em suas músicas preveu isso, e era por demais inteligente, por isso entrou em um ritmo frenético de gravações para deixar um legado. Vivo ou morto, Tupac é um ícone do rap e a sua mais distinta personalidade, um poeta dedicado, um homem com coragem para falar por muita gente  oprimida por esse mundo afora e com sensibilidade para definir sentimentos e estados de alma indefiníveis pelo comum dos mortais. Um mito...

 

 

 

Mary Jane Blige é a rainha do Hip-Hop Soul! Começou sua carreira no inicio da década de 90, gravando seu primeiro álbum What's the 411? que estreou em primeiro lugar na Billboard 200. Desde 1992, já ganhou 9 Grammy Awards, tendo sido a única artista a ganhar na categoria Pop, Rap, R&B, e Gospel. Tem seu nome registrado na lista da VH1 dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos", na lista da Rolling Stone dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos", na lista da Essence dos "50 Mais Influentes Cantores de R&B", na lista da VH1 das "100 Melhores Mulheres da Música", entre outras listagens. Mary J é chamada por muitos de "Rainha do R&B" em razão do seu sucesso sem precedentes no estilo musical e a revolução que ela causou no R&B contemporâneo combinando Hip-Hop e Soul music como ninguém antes. Mary J. Blige acumulou nove álbuns número um no R&B/Hip-Hop Charts, um recorde para uma artista feminina. Mary já gravou dez multi-platinum álbuns, os quais venderam mais de 60 milhões de cópias. Em novembro de 2010 a revista Billboard, uma das mais respeitadas do ramo musical, classificou Mary J. Blige como a mais bem sucedida cantora de R&B e Hip-Hop dos últimos 25 anos, à frente de cantoras como Whitney Houston, Mariah Carey, Alicia Keys e Janet Jackson. 

 Mary nasceu no Bronx, Nova York. Ela é a segunda de quatro filhos. Blige foi uma ávida fã dos estilos musicais do R&B e do Soul e de musicos consagrados como Aretha Franklin, Gladys Knight, Patti Labelle , Chaka Khan, e Jean Carne. Estes artistas tiveram um impacto profundo sobre Blige em sua juventude.

 

 Blige foi ensinada a cantar por seu pai, Blige Thomas que era musico de jazz. Anos mais tarde ele abandonou a família após divorciar-se de Cora Blige em 1980. Aos 5 anos de idade, Blige foi vitima de abuso sexual por um amigo da família.

 

Blige passou seus primeiros anos em Richmond Hill, Georgia, onde ela cantou em uma igreja Pentecostal. Mais tarde, ela mudou-se para um apartamento em Schlobohm Yonkers, Nova York, onde ela viveu com sua mãe, a irmã mais velha, LaTonya, cinco primos e duas tias.

  Aos 17 anos, Blige cantou um cover da Anita Baker's "Caught Up In the Rapture" em uma cabine de gravação no Shopping Galleria em White Plains, New York. O Namorado de sua mãe mais tarde tocou a fita para Jeff Redd, um artista da A&R corredor da Uptown Records. Redd enviou para o presidente da CEO, Andre Harrell, a fita. Harrell reuniu-se com Blige e em 1989 ela assinou com o selo, tornando-se a artista mais jovem e a primeira da companhia feminina.

 

Primeiros anos Blige consistiam em sessões de trabalho como vocalista de fundo para Jeff Redd, que apresentou o seu trabalho durante uma performance ao vivo no Apollo Theater. Um ano depois, ela cantou uma oportunidade no Father MC's com sua canção "I'll Do 4 U" e foi um destaque, Blige ficou muito emocionada.

A produção para o álbum de estréia Blige começou em 1992, com Sean (P. Diddy) Combs, selecionado como o produtor executivo do projeto. Quando a viu pela primeira vez , Sean Combs quis apelida-la de Blige a Rainha do Gheto do Amor, no entanto, Andre Harrell supervisor Combs, achou o nome insatisfatório e mudou para a A Rainha do Hip-hop Soul..

 

Estabelecendo como cantora de R&B, Blige tornou-se o objetivo primordial de Sean Combs. Dado o fato de que as cantoras de R&B naquele tempo eram muito glamourosas e sofisticadas, Combs propositadamente moldou Blige no oposto de forma a ressaltar sua singularidade e manter sua conexão com suas raízes urbanas. De seu estilo de moda ao seu som, Blige era completamente diferente da maioria das artistas do sexo feminino no início de 1990. Em relação à sua música, o álbum lançado por Blige deu início a uma nova era no gênero de R&B. Com um som cru e corajoso, Blige era totalmente antitética em comparação a outras cantoras como Whitney Houston, Mariah Carey e Janet Jackson. Seu som era fortemente influênciado pela East Coast hip hop, pela a segregação racial nos Estados Unidos e pelo lado Norte da Cidade e se tornou o modelo para artistas como Faith Evans, Aaliyah, Destiny's Child, Pink, Keyshia Cole, TLC, Ashanti e Monica.

 

"You Remind Me" o primeiro single do álbum, chegou ao número um na R&B singles chart naquele verão. O segundo single, "Real Love", foi lançado no outono. Ele também liderou a parada de singles R&B, e tornou-se primeiro top dez de Blige na Hot 100 single, atingindo um máximo de número 7. Ambos os singles foram certificados com selo ouro por seu volume de vendas. Logo após veio o álbum  What's the 411? seguido de singles em 1993, incluindo "Sweet Thing" um cover de da banda Rufus, e "Love No Limit". Até o final do ano, What's the 411? havia vendido três milhões de cópias. Blige, por sua vez, divulgou uma canção de hip hop "You Don't Have to Worry". Depois do sucesso de What's the 411? Sean Combs saudou a cantora como A Rainha do Hip-hop Soul. Com vendas combinadas de mais de 5 milhões de álbuns e singles de seu álbum de estréia, Blige foi a artista feminina mais vendida na gravadora Uptown.

 

Em 29 de novembro de 1994, Uptown Records lançou o segundo álbum de Blige, "My Life" que foi novamente supervisionado por Combs, que também produziu mais de 50% do disco, junto com Carl "Chucky" Thompson que co-produziu todas a faixas do álbum. Ao contrário What's the 411?, Blige co-escreveu um grande parte do material, baseando-se em sua vida pessoal.

 

 Porém, apesar de seu sucesso e sua fama crescente, Blige admitiu mais tarde que ela estava lidando com ataques de longo tempo devido a  toxicodependência, alcoolismo e depressão, bem como uma relação abusiva com o então namorado K-Ci Hailey do Jodeci.

 

 Blige se envolveu em vários projetos, fez um cover de Aretha Franklin's "(You Make Me Feel Like) e "Natural Woman" para a trilha sonora da FOX série New York Undercover, e "Everyday It Rains" (co-escrita pela cantora de R&B Faith Evans) para a trilha sonora do hip hop documentário, The Show. Naquele verão, ela colaborou com o rapper Method Man em sua canção, I'll Be There for You/You're All I Need to Get By. No final do ano, ela gravou com Babyface "Not Gon' Cry", para a trilha sonora do filme Waiting to Exhale. O single recebeu platina e subiu para o  número dois na Billboard Hot 100 e número 2 na Hot R&B/Hip-Hop Songs no início de 1996, e se tornou seu maior sucesso comercial na época. Blige ganhou seu primeiro Grammy Award por melhor performance Rap por um Dueto ou Grupo devido a sua colaboração com Method Man. "My Life" também foi indicado ao Grammy Award para melhor Álbum de R&B, mas perdeu para CrazySexyCool do TLC.

 

Ao longo de 1996, Blige colaborou com Ghostface Killah, onde co-escreveu a música All That I Got Is You, embora no vídeo tenha sido substituída por outra mulher, devido a conflitos de agenda. Ela também colaborou com Foxy Brown e também apareceu com o rapper Jay-Z na canção Can't Knock the Hustle, lançado fora do álbum de estréia do rapper, Reasonable Doubt. 

 

 Mary J. Blige é hoje uma das mais, senão a mais respeitada cantora de R&B em atividade. Após diversos dramas pessoais que desaguaram no álbum No More Drama de 2001, Mary deu uma guinada espetacular em sua carreira e vida pessoal. Recentemente ela fez toda a trilha sonora do filme "Think Like A Man Two".

Salve a Rainha

Mary J

TUPAC

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